segunda-feira, 29 de dezembro de 2008

JÚPITER (luas)

Júpiter é o maior planeta do Sistema Solar, e é, também, o planeta com mais satélites naturais.

Tem 63 conhecidos, mas seria exaustivo e desnecessário colocar aqui a lista e descrição completa de todos eles. Os 4 mais conhecidos (e significativos) são Ganimedes, Io, Calisto e Europa, por ordem decrescente de diâmetro, que vão desde os 5262km de Ganimedes aos 3121km de Europa.


Imagem figurada de Ganimedes, com Jupiter em fundo.

Outra característica que varia muito entre eles quatro, é o seu período orbital. Io demora 1,77 dias a dar uma volta em torno de Jupiter, Europa 3,55 dias, Ganimedes 7,16 dias e Calisto mais de 16 dias.
Todas estas quatro luas foram descobertas em 1610 por Galileu Galilei.

Imagem figurada de Io, com Jupiter em fundo.

segunda-feira, 15 de dezembro de 2008

JÚPITER

Júpiter é o maior dos planetas do Sistema Solar.
Durante muito tempo tivemo-lo no nosso céu nocturno, e ainda é possível vê-lo nos finais de tarde, um pouco mais a Sudoeste de Vénus. É um ponto menos brilhante do que Vénus, que se distingue de uma estrela por não cintilar, tendo um brilho constante.

É o 5º planeta a contar do Sol, o primeiro da categoria dos planetas gigantes.
Distando de nós de cerca de 4,20 U.A., demora 11,86 anos a dar uma volta ao Sol. Para se ter uma ideia da sua enormidade, tem um raio de quase 71500km, mais de 11,2 vezes o raio da Terra! Apesar de ser um planeta menos denso que a Terra, tem uma massa absolutamente brutal, de mais de 318 vezes a massa da Terra.
Júpiter tem uma velocidade de rotação gigantesca, dando uma volta sobre si mesmo em apenas 0,41 dias (9,93 horas!).

Io é o ponto preto, e tem o tamanho da nossa Lua... É fácil ver a grandeza de Júpiter!

Tem 63 luas conhecidas (serão com certeza mais...), sendo o planeta do Sistema Solar com mais luas, com algumas a serem mais significativas que as outras (Io, Calisto, Europa e Ganimedes são as mais importantes e conhecidas), mas isso será tema do próximo post.
A força da gravidade em Júpiter é de 2,6G (1G é a força da gravidade na Terra). A temperatura média à superfície é incomportável ao Homem, -150ºC.

Júpiter tem um núcleo rochoso e gelado, envolvido por hidrogénio metálico líquido. A pressão faz com que o hidrogénio se divida nos seus protões e electrões, conduzindo electricidade como um metal. Acima desta camada, existe uma de hidrogénio e hélio moleculares.
As suas nuvens coloridas arrastam-se pelo planeta porque a velocidade de rotação é muito grande.


Uma característica peculiar de Júpiter é a Grande Mancha Vermelha, uma tempestade permanente colossal, com cerca de 25000km de comprimento e 12000km de altura. A sua coloração vermelha pode ocorrer devido à presença de moléculas orgânicas ou devido à presença de fósforo vermelho aspirado pelas correntes de gás na atmosfera.

As manchas claras e escuras apresentadas na superfície de Júpiter são outras tempestades.
Há as chamadas ovais brancas (nuvens frias na atmosfera superior) e as ovais castanhas (nuvens mais quentes na camada normal de nuvens.

NOTA: Por lapso, não estava a permitir comentários a utilizadores anónimos. Já alterei as definições, qualquer pessoa pode comentar.

terça-feira, 9 de dezembro de 2008

MARTE (luas)

Fobos e Deimos, são os nomes das duas luas do Planeta Vermelho.
São satélites muito pequenos, com 27km e 15km na sua maior dimensão, respectivamente, e por isso estão inacessíveis a telescópios amadores.
Foram descobertos por Asaph Hall, durante a oposição de 1877.


Ambos têm características que os tornam únicos.
Fobos é o satélite natural que orbita mais próximo do seu planeta-mãe, a apenas 6000km da superfície de Marte. Todos os anos a
sua órbita se aproxima de Marte, pelo que no futuro, uma de 2 coisas acontecerão:

1- Ou Fobos se despenha sobre Marte;
2- As forças gravitacionais vão destruir Fobos e criar um anel em torno de Marte, à semelhança de outros planetas com anéis.

Deimos sobressai por ser o mais pequeno satélite do Sistema Solar.

Ambos terão uma composição à base de silicatos e gelo, e deverão ter origem na Cintura de Asteróides, entre Marte e Júpiter, que o campo gravitacional de Marte terá capturado.

Nestas 2 imagens pode ter-se uma ideia da pequenez destes satélites, comparados com Marte.

quarta-feira, 3 de dezembro de 2008

MARTE

Marte é, talvez, a maior utopia do Homem.
É uma opinião minha, porque sempre ouvimos falar, na ficção científica, de Marcianos e nunca de Jupiterianos, Saturnianos ou Venusianos, por exemplo... Marte é aquele planeta onde durante tanto tempo depositámos as nossas esperanças e sonhos, onde sempre quisemos que houvesse vida.
Marte é o planeta vermelho, e isso pode constatar-se claramente por uma simples visualização até a olho nu. Por esta altura, está visualmente muito perto do Sol, cujo brilho impede que o planeta seja visto, mas há cerca de um ano, por exemplo, Marte esteve na constelação de Touro (muito visível nesta altura do ano, a Este no início da noite) e devido à sua órbita esteve "próximo" da Terra. Por "próximo", entenda-se cerca de 56 milhões de km. Esta imagem ajuda a compreender como as órbitas dos planetas se aproximam periodicamente, quando Marte está em oposição (Sol de um lado da Terra e Marte de outro): Marte tem duas luas, Fobos e Deimos, sobre as quais falarei um pouco no próximo post.
Está a 0,52 U.A. da Terra, o que o torna no segundo planeta mais próximo de nós, a seguir a Vénus. Um ano marciano é cerca de 1,88 anos terrestres, o equivalente a pouco mais de 1 ano e 10 meses, e tem uma órbita um pouco mais elíptica que a da Terra. Tem um raio de quase 3400km e a sua massa e muito menor que a da Terra, cerca de 11%, sendo também menos denso. Efectua o movimento de rotação em cerca de 1,03 dias.

Panorâmica dos Valles Marineris, com o Sol em fundo

Não se pense que, por ser o chamado Planeta Vermelho, Marte é mais quente que a Terra. Pelo contrário, a temperatura média à sua superfície é de cerca de -23ºC.
O hemisfério Sul de Marte apresenta várias crateras de impacto e é constituída de terras mais altas, que contrastam com as terras baixas do Norte, com menos crateras e mais recentes. Apesar de haver vários vulcões (entre os quais o maior do Sistema Solar - o Monte Olimpo - com cerca de 24km de altitude) e de possuir a maior e mais profunda cadeia de desfiladeiros do Sistema Solar (Valles Marineris, com cerca de 4000km de comprimento e profundidade que em algumas zonas atinge 7km), não há tectónica de placas em Marte. O campo magnético do Planeta Vermelho é diminuto e a sua atmosfera é cerca de 100 vezes mais fina que a da Terra.
As calotes polares têm água e dióxido de carbono gelados.

Panorâmica dos Valles Marineris, com uma cadeia montanhosa em fundo, onde se contam 5 vulcões. O 2º a contar da direita é o Monte Olimpo (Olympus Mons)