segunda-feira, 30 de novembro de 2009

AINDA O EQUINÓCIO

Hoje volto ao equinócio de Saturno, para colocar um vídeo muito explicativo e informativo sobre o assunto...

terça-feira, 24 de novembro de 2009

CAMINHADA ASTRONÓMICA - NEBULOSA DO ANEL

Naquela noite, é verdade que obtive algumas vitórias nas minhas observações, mas a maior delas todas foi descobrir a Nebulosa do Anel, M57 do catálogo de Messier.

Não a observei com pormenor, não a estudei, não analisei as suas características... a minha vitória foi encontrá-la! Foi o objecto com menor magnitude visual aparente (9,0) que já procurei e observei. E consegui-o sem star pointer, apenas sabendo a sua localização, conseguindo distingui-la das Estrelas.
Para tal, utilizei a técnica do star hopping. Depois de apontar a Vega, tinha de encontrar aquela espécie de quadrilátero que caracteriza a constelação da Lira. Depois de ver as 2 Estrelas mais próximas de Vega, tinha de procurar as outras duas, Gamma e Beta Lirae. M57 estaria entre elas.


Assim fiz. Procurei e passado pouco tempo consegui encontrar algo diferente, que não me parecia uma Estrela pois tinha um aspecto mais difuso. O varrimento teve de ser lento, senão o risco de não apanhar a Nebulosa do Anel seria enorme. Foquei e desfoquei o telescópio, notei os efeitos nas Estrelas, mas não naquele ponto que só depois vim a confirmar que era o meu alvo.

Esta foto em cima é bastante semelhante à imagem que vi, com a ligeira diferença de ter visto M57 ainda mais pequeno, o que tornou a minha vitória ainda maior. Por conhecimento de localização e sentido de orientação achei algo tão difícil para um observador inexperiente, e sem ajudas técnicas.

Em traços muito gerais, esta nebulosa planetária é o resultado da morte de uma Estrela que ficou sem hidrogénio como combustível, e atinge um novo equilíbrio que lhe permite continuar a arder. A cor azul-verde resulta da ionização do oxigénio e a cor avermelhada resulta da emissão de hidrogénio e da ionização do nitrogénio.

sexta-feira, 20 de novembro de 2009

CAMINHADA ASTRONÓMICA - NEBULOSA DE ORION

M42 é o nome "para os amigos" da Nebulosa de Orion.
Situada junto da espada do caçador, a Grande Nebulosa de Orion, como também é conhecida, é um dos objectos mais fotografados do céu.

Esperei até cerca das 4h30 para poder observar esta maravilha do céu nocturno com o meu telescópio. Orion nasceu pouco antes e eu reservava a esperança de ainda poder vê-la!
A olho nu é possível ver uma mancha difusa, mas isso só é possível se soubermos exactamente para onde olhar, em noites sem Lua.

É fantástico pensarmos que estamos a olhar para um berçário estelar, onde as Estrelas estão a nascer, e que está a cerca de 1350 anos-luz de nós. Foram lá detectados discos protoplanetários, anãs castanhas, entre outros aspectos curiosos, o que faz da Nebulosa de Orion um alvo de estudo muito apetecível.

M42 alberga em si um enxame aberto visível, o Trapézio, composto por Estrelas jovens, bem como é o local onde mora a Nebulosa Cabeça de Cavalo e a Nebulosa da Chama.

É possível que de lá tenham saído Estrelas que actualmente estão na constelação de Auriga, Pomba e Carneiro, e se afastam da Nebulosa de Orion a velocidades superiores a 100km/s!

terça-feira, 17 de novembro de 2009

CAMINHADA ASTRONÓMICA - NEBULOSA DO VÉU

Ando com pouco tempo para actualizar o blogue e detesto não o ter actualizado.

Hoje o post é curto, e fica a promessa de nova actualização muito em breve.

Deixo uma imagem da Nebulosa do Véu. Não a vi do meu telescópio, mas não é por isso que deixa de ser deslumbrante.

A Nebulosa do Véu está localizada na constelação de Cisne e é o que resta da explosão de uma supernova, ocorrida a 5000 a 8000 anos, a uma distância de cerca de 1400 a 2600 anos-luz.

quarta-feira, 4 de novembro de 2009

M31 - STAR HOPPING

A saber: há Andrómeda constelação e Andrómeda galáxia. A galáxia (também conhecida por M31) fica situada na constelação de Andrómeda.

Começo por dizer que não é fácil encontrar a constelação de Andrómeda se não tivermos um mínimo de experiência de observação do céu nocturno.

Há duas formas mas fáceis de lá chegar: encontrando primeiro Pégaso ou Cassiopeia. Pode ser bom procurar Cassiopeia nos céus a Norte (o "W" na figura de baixo, no topo da imagem) para termos uma noção mais exacta da região onde nos encontramos... Mas hoje só quero dar uma noção do que é o star hopping, por isso vou concentrar-me nisso.
Eu prefiro partir de Pégaso, mais propriamente do Grande Quadrado de Pégaso.
  1. O vértice do quadrado mais próximo de Cassiopeia é a Estrela Alpheratz, que na verdade, embora pertença ao Quadrado de Pégaso, é a Estrela mais brilhante de Andrómeda (Alfa Andromedae).
  2. Na direcção de Cassiopeia vai ser possível distinguir uma fila de Estrelas, em que Mirach é a segunda, e Almach (ou Almaak) é a terceira. Isto considerando que estamos numa cidade, porque numa zona completamente escura vão aparecer-nos mais Estrelas.
  3. Saltamos para Mirach. Na direcção de Schedar, em Cassiopeia, temos uma Estrela em linha com Mirach.
  4. A partir dessa Estrela, vamos ter outra relativamente próxima (no Verão, vai estar a Este, em cima e à esquerda...)
  5. A galáxia Andrómeda vai estar ali bem pertinho, e em noites muito escuras temos um vislumbre da nossa galáxia vizinha a olho nu!

Vamos imaginar que ainda estamos no ponto 3 que referi em cima, na Estrela que está em linha com Mirach. Podemos considerar que essa Estrela é o ponto médio entre Mirach e o nosso alvo, a M31.

Alguém consegue ver, na figura em baixo, onde está Mirach e M31?