Guilherme de Occam era um revolucionário filósofo inglês, que tinha algumas ideias radicais. Contudo, a mais conhecida acabou por ser a mais simples. Em Latim, escreveu "pluralitas non est ponenda sine necessitate", que quer dizer "a pluralidade não deve ser considerada sem necessidade". Occam ficou famoso pela sua máxima científica, a Navalha de Occam, segundo a qual a teoria mais simples é muito provavelmente a mais correcta.
Ora, isto favorecia Copérnico, mas foram precisas muitas provas físicas para a sua teoria vingar.
E essas provas só surgiram com Johannes Kepler e Tycho Brahé. Mas ao mesmo tempo que surgem provas palpáveis, vai desaparecendo parte da magia desta história bela, que é a do pensamento humano relativamente ao que o rodeia. Passou a ser menos Sonho e mais Física.
E Kepler presumiu, correctamente, que a base da teoria de Copérnico estava imprecisa nos seguintes pontos:
- Os planetas descrevem círculos perfeitos;
- Os planetas movem-se a velocidades constantes;
- O Sol está no centro dessas órbitas;
E provou que:
- Os planetas descrevem elipses;
- A sua velocidade varia constantemente;
- O Sol não está exactamente no centro das suas órbitas.
Ontem fui ver os U2.
Que é que isto tem a ver com Astronomia? Nada. Mas no Céu, no meio daquele concerto soberbo, brilhava o Rei Júpiter, esporadicamente a brilhante Fomalhaut e Capella... Também as Estrelas tinham de estar presentes numa noite assim.
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