quinta-feira, 24 de fevereiro de 2011

HISTÓRIA DA ASTRONOMIA - O COBE - 2

No seu lançamento, rompeu a barreira do som em 30s e ficou em órbita em 11min. Com um ajustamento final, estacionou nos 900km de altitude, em órbita polar, circum-navegando a Terra 14 vezes por dia.

Desde os primeiros dados enviados, foi claro que o COBE funcionava na perfeição.
O primeiro levantamento do céu ficou concluído em Abril de 1990, mas tinha pouquíssima resolução.
Em Dezembro de 1991 surgiu o primeiro levantamento completo do céu, fruto de 70 milhões de medições, e apresentava uma variação de 0,001% no comprimento de onda dependendo da direcção da observação.
Seguiu-se um estudo exaustivo acerca dos resultados encontrados até Abril de 1992, altura em que a descoberta foi devidamente anunciada numa conferência realizada em Washington.

Nas imagens, e sem entrar em grandes detalhes, pode ver-se a variação detectada pelo COBE. Os diferentes tons correspondem a diferentes intensidades de RFM.
Vê-se a radiação proveniente das estrelas da Via Láctea ao centro. No outro mapa, retira-se essa radiação e obtém-se a distribuição da RFM em todo o Universo. Grande parte do mapa é ruído aleatório, mas uma análise detalhada revelou a tal variação de 0,001%.

George Smoot, um dos responsáveis pelo COBE, disse: “Para quem for religioso, é como contemplar a face de Deus.”

Provou-se que o Universo é dinâmico, está em expansão e evolui. Tudo o que há hoje é resultado de uma gigantesca explosão, um Big Bang quente, denso e compacto, ocorrido há 10 mil milhões de anos.
O modelo do Big Bang estava comprovado.

Sem comentários: