segunda-feira, 14 de fevereiro de 2011

HISTÓRIA DA ASTRONOMIA - O Paradoxo de Olbers

Pronto, fiquei livre dos exames e de volta à vida.

Esta longa sucessão de posts dedicados à História da Astronomia está a chegar ao fim, mas ainda é importante mencionar alguns factos relevantes.
O post de hoje é curto, e dedicado ao Paradoxo de Olbers.

Em 1823, no tempo em que se acreditava ainda que o Universo era infinito e eterno, o astrónomo Wilhelm Olbers interrogou-se sobre a razão por que o Céu nocturno é escuro.
Sendo ele infinito, deveria conter um número infinito de Estrelas.
Se tivesse idade infinita, a luz de todas elas já teria tido tempo de chegar até nós.
Logo, o Céu deveria ser sempre iluminado!

Uma das formas de resolver este paradoxo recorre à teoria do Big Bang.
Se o Universo tiver poucos milhares de milhões de anos, só a luz estelar contida num volume relativamente pequeno teve tempo de nos alcançar, porque a luz se desloca a uma velocidade finita, de 300 000 km/s.

Conclusão: um Universo de idade finita e luz com velocidade finita, só pode resultar num céu com quantidade finita de luz. E isso é, de facto, o que se observa.

O segredo da implantação definitiva do modelo do Big Bang, relativamente aos modelos anteriores, está na capacidade de resolver estes pequenos enigmas e paradoxos, e fornecer respostas a questões formuladas muito tempo antes, como no caso do Paradoxo de Olbers.

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