sexta-feira, 10 de maio de 2013

BURACO NEGRO - O que é?

É difícil explicar o que É um buraco negro. Quanto mais não seja, porque é difícil PERCEBER o que é um buraco negro!
Não vou aqui dissertar exaustivamente sobre a definição de buraco negro, até porque não tenho conhecimentos para isso, mas é possível que este meu post contenha, ainda assim, lapsos e imprecisões. Mas também é possível que, ao ler isto, alguém com melhor formação em Astronomia me possa corrigir eventuais falhas. Este é um tema "menos fácil", e tento aproveitar a visibilidade de um blogue que, modéstia à parte, é lido um pouco por todo o lado, para solicitar a ajuda de quem sabe mais do que eu.
Sr. Astrónomo que está desse lado a ler as minhas palavras, realce os pontos em que estou certo, e ajude-me a corrigir aquilo em que não estou, ok? Agradeço desde já... :)
A "definição" atual de buraco negro é baseada na Teoria Geral da Relatividade (1915) de Einstein.
Resumidamente, um buraco negro é uma região do Espaço de onde nada sai. Nem objetos que se movam à velocidade da luz (a maior velocidade conhecida), nem a própria luz. Daí advém o nome "buraco negro", porque ele não reflete qualquer luz que atinja uma superfície chamada "horizonte de eventos". 
O que é o "horizonte de eventos"? Basicamente, é um "no turning point". Algo que atinja esta superfície, "cai" no buraco negro e não mais volta a sair.

Os buracos negros têm propriedades esquisitas. Muito esquisitas. De tal forma esquisitas, que muitos cientistas são céticos quanto à própria existência de tais corpos. Gradualmente, o estudo dessas propriedades vai-se tornando uma área de grande interesse.

Mas para se compreender o que é um buraco negro, é preciso saber como se forma.
Pensemos, primeiro, nas estrelas como colossais reatores de fusão. As reações químicas que ocorrem numa estrela provocam a sua expansão, mas o intenso campo gravitacional provocado por um corpo de dimensões tão grandes vai mantendo o equilíbrio. É como se houvesse um equilíbrio de forças, uma "a puxar para dentro" e outra "a puxar para fora", uma força centrífuga e outra centrípeta, um violento braço de ferro entre dois homens de força semelhante. Contudo, quando o gás que serve de combustível às reações químicas acaba, o equilíbrio desaparece. A gravidade vence e a contração da estrela é tão rápida, que começa a sugar toda a matéria em seu redor, até se dar uma explosão titânica, que lança matéria e radiação para o Espaço. Isto é uma supernova.

O que fica dessa supernova é o núcleo extremamente maciço e comprimido da estrela que morreu. A gravidade é tão forte, que esse "resto", esse "objeto", simplesmente desaparece. Não o vemos. Para se ter uma ideia (se é que é possível, falando de grandezas literalmente astronómicas) da violência de uma supernova, ela produz, num único segundo, cerca de 100 vezes a energia que o nosso Sol produz em toda a sua vida (aproximadamente 10 mil milhões de anos).

A gravidade do núcleo da estrela morta continua a ser de tal forma enorme, que esse corpo se "afunda" na estrutura do espaço-tempo (tema para um post lá mais para a frente, talvez). Cria-se, aqui, um buraco nessa estrutura. É um buraco negro.
O núcleo transforma-se na parte central do buraco negro, denominada de "singularidade gravitacional".
A abertura do buraco representa o tal "horizonte de eventos" que eu referi mais acima.
A imagem ao lado tem uma espécie de grelha, em linhas claras, que representam a malha espaço-tempo. As setas azuis representam o sentido do movimento de objetos que estejam nas proximidades do horizonte de eventos. Ou veem o seu trajeto alterado ou, estando muito próximos, "caem" para o buraco negro.

É curioso pensar na relação que existe entre algo tão "escuro", de onde nem a luz escapa, com as Estrelas, as mais belas e intensas fontes de luz.

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