terça-feira, 29 de setembro de 2015

ECLIPSE TOTAL LUNAR DE 2014

Como refiro no título, esta foto é de 2014. Contudo, dada a atualidade do momento, faz todo o sentido publicá-la agora.
Foi tirada no Lago Waterton, no Canadá. Uma exposição a cada 10 minutos foi o suficiente para captar todas as fases da Lua durante os 80 minutos que durou a totalidade do eclipse.
Podemos ainda ver Marte a acompanhar o movimento da Lua (os pontos em cima), de Spica (os pontos mais próximos do disco) e Saturno (em baixo, à esquerda).

Uma nota histórica... já em 270 a.C., Aristarco usou os eclipses da Lua para, usando a duração do eclipse e alguma geometria, calcular a distância que separa a Terra da Lua em função do raio da Terra. 

Foto: Yuishi Takasaka

segunda-feira, 28 de setembro de 2015

SUPER LUA DE SANGUE

Aconteceu na madrugada passada um fenómeno raro, um eclipse total da Lua, coincidente com o perigeu da Lua na sua órbita em torno da Terra. 

O perigeu é o ponto mais próximo da órbita de um astro em torno da Terra (ver figura ao lado). Sendo a órbita quase circular mas, ainda assim, elíptica, há um ponto em que a Lua está mais próxima da Terra. Mas essa proximidade fica-se pelos 356 877 km de distância. 

Em condições normais, notamos apenas um ligeiro aumento do seu brilho, parecendo que a Lua está claramente maior. Esta sensação é acentuada quando o nosso satélite natural está baixo no horizonte, graças a uma ilusão de ótica que faz parecer com que o seu tamanho aumenta.

O que aconteceu ontem foi a "simples" combinação do perigeu da Lua com um eclipse total. Quando a sombra da Terra na sua superfície começou a ser visível, tons avermelhados e acastanhados começaram a ver-se na Lua, uma vez que esta continuava a ser iluminada pelo Sol, mas sem ser atingida diretamente devido à interposição da Terra.
A combinação destes 2 fenómenos fez com que a Lua parecesse 14% maior e 30% mais brilhante.

A verdade é que só em 2033 poderemos assistir novamente a algo assim. Maldito nevoeiro que não me deixou ver ao vivo algo que eu ansiava há tanto tempo... Resta-me a consolação das várias fantásticas imagens que já vi, e que partilho agora.











sexta-feira, 11 de setembro de 2015

PÉROLAS DO HUBBLE: Saturno em UV

Uma das fotos do Telescópio Espacial Hubble que mais me impressiona: Saturno em UV.


As partículas na atmosfera de Saturno refletem diferentes comprimentos de onda da luz que sobre elas incide, fazendo com que sejam visíveis algumas nuances na tonalidade da cor refletida.
Isso permite saber um pouco mais sobre a constituição da atmosfera do planeta, uma vez que, por exemplo, os aerossois mais pequenos só são visíveis nesta faixa do espetro eletromagnético, já que não espalham ou absorvem luz visível ou infravermelha, que têm comprimentos de onda mais longos.